top of page
Foto do escritorVanessa Victória de Lima

A importância da educação ambiental na conservação de tartarugas marinhas

No dia 23 de maio é comemorado mundialmente o dia das tartarugas, usado para promover conhecimento sobre as diferentes espécies e a importância de protegê-las. Devido à dessa data tão importante, viemos reforçar a importância em conservar estas espécimes marinhas. A educação ambiental é um tema ainda em desenvolvimento, mas é de interesse global e adotada por várias organizações que executam, inclusive, atividades interligadas ao turismo, em especial nos locais onde a atividade turística mais se desenvolve em ambientes naturais.

De acordo com o Global Travel and Tourism Report 2015, relatório do World Economic Forum, o Brasil é considerado o país com maior potencial turístico em recursos naturais no mundo. Essa riqueza natural pressupõe o turismo de natureza como um dos vetores de crescimento da atividade turística no país. Sendo assim, o ecoturismo tem atraído cada vez mais pessoas que se interessam pelo meio ambiente. O estudo publicado na Tourism International Ecotourism Society (TIES, 2015) estima que as Áreas de Proteção Ambiental (APA) no mundo recebem juntas em torno de 8 bilhões de visitantes por ano. As tartarugas são répteis marinhos que representam um grupo muito importante nos ecossistemas. Elas ocorrem principalmente na faixa tropical e subtropical do planeta. Algumas populações chegaram a ser compostas por milhões de indivíduos, porém, na atualidade, são poucas as que não estejam ameaçadas pela ação humana. Uma combinação de fatores como a pesca predatória, a destruição de habitats e a contaminação dos mares têm determinado as condições biológicas e comportamentais das tartarugas (ICMBio, 2011).

Importante lembrar que em suas áreas de vivência, as tartarugas exercem um papel econômico importante para a região. Além de contribuir para o ecoturismo no litoral, há empregos para os profissionais que trabalham com a sua conservação. As principais ameaças são: ocupação irregular do litoral, abate de fêmeas e coleta de ovos para alimentação, trânsito na praia de desovas, iluminação artificial nas áreas de desova, captura acidental em artes de pesca, criação de animais domésticos nas áreas de desova, poluição dos mares, trânsito de embarcações e extração mineral em praias (ICMBio, 2011).

Então, a sensibilização ambiental não é só da população litorânea nativa, mas também de todos aqueles envolvidos nas atividades turísticas e econômicas, para assim contribuir para a diminuição dos impactos antrópicos nos oceanos e nas praias, auxiliando assim na conservação das espécies de tartaruga que utilizam do litoral para se reproduzir e alimentar. Palestras de introdução às práticas ambientais em escolas, faculdades, hotéis e museus locais são muito importantes. Sendo assim, torna-se fundamental o desenvolvimento dos trabalhos desta natureza, bem como a sistematização de um inventário das espécies de ocorrência na região.



REFERÊNCIAS


1. CARVALHO, Gabriel Domingos et al. A IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DA CONSERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS.


2. DE LIMA, Laissa Paloma Queiroz; NETO, Lourival Dutra; DE HOLANDA, Luciana Araújo. Programa de Ecoturismo e Educação Ambiental do Projeto TAMAR-Fernando de Noronha: uma análise de 2013 a 2016. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), v. 11, n. 1, 2018.


3. ICMBio. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Plano de ação nacional para a conservação das tartarugas marinhas. Alexsandro Santana dos Santos... [et al.]; organizadores: Maria Ângela Azevedo Guagni Dei marcovaldi, Alexsandro Santana dos Santos. Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBIO, 2011.120 p.

79 visualizações0 comentário

Comentarios


bottom of page