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A persistência das tartarugas marinhas: uma jornada de 200 milhões de anos

A cada mil filhotes somente dois conseguem atingir a maturidade. É uma frase triste para começar o painel selvagem dessa semana, esses indivíduos que sobreviveram a tantos milênios, podem ser extintos pela interferência humana. As Tartarugas surgiram há 200 milhões de anos e sobreviveram a extinção dos dinossauros, mesmo sendo tão fortes e resistentes elas precisam de proteção.


Esses animais tão gentis estão desaparecendo rapidamente, vivem lutando contra várias ameaças como a pesca costeira, pesca oceânica, alteração e degradação do ecossistema, poluição, destruição de áreas de desova e do comércio como animais de estimação e mesmo produção de produtos artesanais.


O dia 23 de maio, foi separado pela American Tortoise Rescue (ATR) para ser o dia mundial da Tartaruga, tendo como objetivo chamar a atenção para essa espécie, disseminar conhecimento, celebrar e examinar maneiras de aumentar os esforços de conservação de tartarugas, que estão cada vez mais ameaçadas. No Brasil, temos o projeto TAMAR, que desde os anos 80 vem trabalhando com a missão de “Promover a recuperação das tartarugas marinhas, desenvolvendo ações de pesquisa, conservação e inclusão social”. Existe atualmente o Plano Nacional para Conservação das Tartarugas marinhas, do ICMBio.



As tartarugas têm um ciclo de vida complexo, alternam entre vários ambientes, realizam migrações de milhares de quilômetros e ocupam todo o oceano, levam anos até atingir a maturidade sexual e vivem igualmente muitos anos. Cinco espécies de tartarugas marinhas são encontradas no Brasil, e todas estão na lista de espécies ameaçadas de extinção, é a interferência humana que pode causar a extinção desses indivíduos que sobreviveram a tantos milênios.


E qual a relevância biológica das tartarugas marinhas? Pois bem, elas são bioturbadores, afetam a estrutura e o funcionamento de bancos de algas, recifes de coral, grama marinha e fundos de substrato arenoso, também ajudam na reciclagem de nutrientes, são presas para diversos animais como focas, gaivotas, crocodilos e também ajudam no controle de populações como as esponjas e medusas, durante a vida consomem mais de 200 variações de vertebrados e invertebrados, elas são substrato para outras formas de vida e atuam como dispersores de moluscos, cracas. Durante sua longa vida, cada tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de tantas outras formas de vida. Sendo assim, depende das tartarugas marinhas a existência de uma infinidade de peixes, crustáceos, moluscos, esponjas, medusas, além de formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais e recifes e ilhotas. Proteger essa espécie milenar é portanto proteger a vida no planeta, incluindo a sua.



Referências Bibliográficas




Porque é preciso proteger. Tamar, 2011.Disponível em<http://tamar.org.br/interna.php?cod=345 > acesso em 20 de maio de 2020.


Tortoise Rescue Celebrates World Turtle Day. Tortoise, 2020. Disponível em <https://www.worldturtleday.org/> acesso em 18 de maio de 2020.


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