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Foto do escritorVanessa Victória de Lima

Beija-flores

Os beija-flores são aves pertencentes à Ordem Apodiformes, Família Trochilidae, representadas por 320 espécies e a sua maior biodiversidade encontra-se no Brasil, 80 dessas presentes no nosso país. Habitam desde capoeiras, florestas e suas bordas, jardins e até mesmo áreas bem urbanizadas. Essas aves possuem benéfica troca de oxigênio por conta dos seus pulmões e repouso, sua frequência respiratória pode chegar até 250 respirações por minutos e durante o voo podem chegar até 400 respirações. Possuindo um fígado metabolicamente mais ativo por conta seus altos níveis de enzimas, para a síntese de lipídeos, seus excrementos são bastantes diluídos, em função de terem uma dieta quase inteiramente líquida e consumindo quase três vezes mais que sua massa corporal de líquido por dia.

Na maioria das vezes, os beija-flores apresentam comportamento agressivo quando têm o seu território de alimentação invadido, pois são aves que necessitam de grande volume energético. Eles podem ser classificados em territoriais e não territoriais. De maneira geral, os territoriais são mais ágeis e agressivos o que lhes conferem maior vantagem em relação aos não territoriais na obtenção de recursos. São aves de pequeno porte, os menores vertebrados homeotérmicos do mundo, que medem de 6 a 12 centímetros de comprimento e pesam de 2 a 6 gramas, sua alimentação é baseada no néctar das plantas e em pequenos insetos (SICK, 1997). Para que a extração do néctar seja eficiente, o formato longo do bico dos beija-flores se adequa ao tipo de flor em que se busca o alimento, possibilitando uma melhor eficiência na extração de néctar.

Mesmo que o néctar não seja o único alimento que compõe a dieta de um beija-flor, os carboidratos presentes nele fornecem a resposta imediata de energia necessária para o voo. Devido ao alto custo metabólico exigido durante a busca por alimento, um beija-flor passa 90% do seu dia em repouso, e apenas 10% do tempo pairando (KETZ-RILEY; SANCHEZ, 2012). Assim, o acúmulo de energia durante o dia reflete no gasto energético durante a noite e se esse acúmulo não for suficiente, a ave entra no torpor noturno. No intuito de equilibrar sua taxa metabólica, a ave passa a reduzir seus batimentos cardíacos para 30 a 50 batimentos por minuto, a respiração para 50 respirações por minuto, podendo entrar em apneia por cinco minutos, e diminuindo a temperatura corpórea para temperaturas baixíssimas.

Segundo Healy e Hurly (2006) a estrutura de suas asas confere a notável agilidade durante o voo, permitindo que adejem, agitar as asas para se manter no ar durante voo, em frente à flor para extrair o néctar durante o forrageamento. Enquanto os seus pés possibilitam que se agarrem na flor visitada e, ao mesmo tempo, continuem a bater as asas. Essas aves possuem o bico alongado que é adaptado para alcançar a corola floral, tornando o beija-flor um importante polinizador para várias espécies de plantas.




REFERÊNCIAS


DE QUADROS ALMADA, Aline; LEAL, Aline Belmonte; AYRES-PERES, Luciane. Comportamento alimentar e ocorrência de beija-flores em bebedouros artificiais. Revista de Ciência e Inovação, v. 1, n. 2, p. 117-127, 2016.


HEALY, S; HURLY, T. A. Hummingbirds. Current Biology, Canadá, v. 19, n. 11, p. 392-393, 2006. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2021


SICK, H. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997

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