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Foto do escritorRaphaela Bueno Mendes Bittencourt

Ludicidade na Educação Ambiental

A Educação Ambiental (EA) é importante para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o Meio Ambiente. Essa preocupação é antiga, com registros na Idade Média e de anos anteriores à Revolução Industrial. O livro Silent Spring (Primavera Silenciosa), em 1962, da bióloga Rachel Carson, é considerado um marco importante na evidenciação do tema, uma vez que atraiu a opinião pública para o assunto.

A educação em si está em todo lugar, enquanto a percepção ambiental é extremamente individual e pode ser construída, sendo importante a realização de atividades voltadas a cada situação de forma particular.

Promover a Educação Ambiental é um processo complexo e interdisciplinar, que envolve o educando culturalmente, gerando mudanças de intelecto e comportamento, sendo uma ação política e cultural. É um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida, segundo consta no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992. “A consciência ecológica sem ação transformadora ajuda a manter a sociedade tal como ela se encontra” (PHILIPPI; ALVES, 2005, p.10), não basta ter consciência, é necessário desenvolver ações efetivas para a conservação ambiental.

A Constituição Federal de 1988 prevê que o poder público promova a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, e a Lei nº 9.795, de 1999, institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) como componente essencial e permanente da educação nacional. Assim sendo, a Educação Ambiental deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo.

A diversificação nas atividades de ensino motiva os alunos e fornece subsídios para o desenvolvimento de consciência ambiental, gerando nos educandos possibilidades de interação em um contexto desafiador e enriquecedor. Levar educação e conhecimento científico para a sociedade, nas escolas, influencia positivamente os alunos e traz a possibilidade de melhoria na sua qualidade de vida e conscientização. Promover contato entre a comunidade acadêmica e a sociedade, é importante tanto para as escolas envolvidas como para os membros do grupo de estudos.

A ferramenta da ludicidade no ensino gera sensibilização e, portanto, compreensão do tema abordado, sendo importante para relacionar a EA a afetividade que possui um papel no desenvolvimento cognitivo, o lúdico é um objeto de desenvolvimento intelectual, essencial na vida da criança, pois é uma atividade de expressão, sendo assim, na fantasia se busca e assimila a realidade. Essa abordagem torna o processo de aprendizagem eficaz. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão, evidenciando assim sua utilidade no ensino para crianças, adolescentes e mesmo adultos.


REFERÊNCIAS


BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 22. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. BRASIL. Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Disponível em < http://mobile.cnte.org.br:8080/legislacao-externo/rest/lei/89/pdf> Acesso em: 01 de julho de 2020. BRASIL. Lei n. 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre Educação Ambiental, Institui a política Nacional de Educação e dá outras providencias. Brasília: Impressa Oficial, 1999. Acesso em: 01 de julho de 2020.


LE PRESTRE, Philippe. Ecopolítica Internacional. Tradução Jacob Gorender. São Paulo: Editora Senac, 2000.


Ministério da Educação. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/tratado.pdf>. Acesso em: 13 de julho de 2020.

PHILIPPI JR., Arlindo; ALVES, Alaôr Caffé. Curso interdisciplinar de direito ambiental. Barueri: Manole, 2005.


PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.


SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do Educador. 6ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

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