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Sapos venenosos

Popularmente conhecidos como sapos venenosos, os anuros da família Dendrobatidae são os mais estudados pela ciência, tanto para descoberta do que as toxinas são compostas, quanto como encontrar uma forma capaz de utilizar essas toxinas no tratamento de doenças. Com suas cores chamativas, essa pele é composta por alcalóides obtidos através da alimentação de ácaros, formigas e plantas que contêm essas substâncias. Assim, quando criados em cativeiro, se não forem introduzidos a uma dieta com alcalóides, eles não produzirão o veneno, sendo seguro para aqueles que precisarem manuseá-los. Em sua pele, cada indivíduo tem seu próprio padrão, semelhante às impressões digitais humanas. Eles são normalmente pequenos, medindo até 2 centímetros. Existem mais de 170 espécies compreendidas nessa família e 12 gêneros distribuídos pelo mundo e, pelo menos, 26 espécies na floresta amazônica, quando revisados taxonomicamente em 2006. Até o presente momento esse gênero possui poucas espécies descritas que podem ser, em sua maioria, encontradas na américa do sul e central, sendo elas: Dendrobates auratus (Girard, 1855), Dendrobates leucomelas (Steindachner, 1864), Dendrobates nubeculosus (Jungfer & Böhme, 2004), Dendrobates tinctorius (Cuvier, 1797) e Dendrobates truncatus (Cope, 1861). De modo simples, o Dendrobates auratus possui uma coloração verde com manchas pretas. O Dendrobates leucomelas é caracterizado por coloração amarela com manchas pretas. O Dendrobates nubeculosus manchas pretas e amarronzadas em uma pele azul mais escura. O Dendrobates tinctorius é um dos exemplares mais conhecidos e distribuídos em zoológicos pelo mundo possui uma cor azul metálica com manchas pretas. Por último, o Dendrobates truncatus que também possui uma pele de cor amarela vibrante, porém com listras pretas. A maioria não está em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), sendo o mais preocupante o Dendrobates tinctorius auzureus (sapo-boi-azul) em estado de vulnerabilidade. Na língua inglesa esses animais são chamados de “poison dart frog”, em tradução livre “sapos envenenadores de ponta de flechas”, pois eram utilizados pelos indígenas no intuito de tornar as flechas mais eficientes no ato da caça, tornando-a mais proveitosa. Por ser um veneno muito poderoso, podendo até matar um elefante, é necessário se ter cuidado ao manusear esses animais. No habitat natural, costumam se localizar nas árvores e a toxina desses pode paralisar o sistema nervoso central da vítima de maneira a impossibilitar a transmissão de impulsos nervosos e movimentação da musculatura causando insuficiência e fibrilação em pouco tempo, possibilitando que pouca quantidade seja fatal. REFERÊNCIAS

Frost, Darrel R. 2021. Amphibian Species of the World: an online reference. Version 6.1. Electronic Database accessible at https://amphibiansoftheworld.amnh.org/index.php. AmericaNMuseum of Natural History, New York, USA. Disponível em: <https://amphibiansoftheworld.amnh.org/Amphibia/Anura/Dendrobatoidea/Dendrobatidae/Dendrobatinae/Dendrobates>;. Acesso em: 25 de julho de 2021. Guillory, W.X.; Muell, M.R.; Summers, K.; Brown, J.L. Phylogenomic Reconstruction of the Neotropical Poison Frogs (Dendrobatidae) and Their Conservation. Diversity 2019, 11, 126. Disponível em: &lt;https://doi.org/10.3390/d11080126&gt;. Acesso em: 25 de julho de 2021. Ahumada, Diana P. R. Explorando processos que geram cor em Adelphobates galactonotus, uma espécie de sapo dendrobatídeo, colorido e venenoso, endêmico da Amazônia Oriental. --- Manaus: [s.n.], 2016. xiii,103 f., il. Disponível em: <https://bdtd.inpa.gov.br/bitstream/tede/2205/5/Tese%20Diana_Rojas_FINAL.pdf>;. Acesso em: 24 de julho de 2021.


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